Projeto Roda-Hans realizou 42 atendimentos em dois dias em Penedo

Penedo recebeu a carreta do Projeto Roda-Hans, uma iniciativa do governo federal realizada em parceria com estados e municípios para ações de conscientização, capacitação técnica e diagnóstico precoce da hanseníase. 

O veículo ficou estacionado durante dois dias no Centro Histórico (segunda, 24, e terça-feira, 25), período em que 42 atendimentos foram realizados, com duas pessoas diagnosticadas com a doença que tem cura.

A assistência foi estendida para a população de Penedo e demais municípios da 6ª região de saúde (Coruripe, Feliz Deserto, Igreja Nova, Jequiá da Praia, Piaçabuçu, Porto Real do Colégio e São Brás), todos previamente informados sobre a disponibilidade do serviço.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica caracterizada por manchas avermelhadas na pele, falta de sensibilidade e perda da força nos membros. Para intensificar o combate ao problema de saúde pública, o Ministério da Saúde criou o Roda-Hans em 2018.

O projeto leva atendimento qualificado para diferentes lugares do Brasil, ampliando o diagnóstico precoce da doença popularmente conhecida como lepra e também capacita profissionais da Atenção Primária para diagnosticar e tratar clinicamente os pacientes acometidos pela hanseníase.

 

“A importância dessa carreta aqui em nosso estado é justamente oportunizar aos profissionais de saúde que fizeram o treinamento colocar em prática o que foi aprendido. Além de permitir essa demanda espontânea das pessoas para podermos diagnosticar casos novos da doença”, explica a enfermeira Itanielly Gomes Queiroz, responsável técnica do Programa Estadual de Controle à Hanseníase.

As pessoas que tiveram o diagnóstico positivo para hanseníase iniciaram o tratamento na carreta Roda-Hans e receberam todas as orientações para continuar o tratamento no município.

“Desconhecimento e preconceito são sintomas de uma sociedade que ainda silencia a hanseníase, estigmas que podem prejudicar a procura pelos serviços de saúde e retardar o diagnóstico e o tratamento. Isso faz com que a doença fique escondida e demore para ser diagnosticada. Se você tem algum sintoma, procure uma unidade de saúde da nossa rede porque a hanseníase tem cura e o preconceito também”, afirma a Secretária Municipal de Saúde, Waninna Mendonça.

Texto e fotos Gabriela Flores – jornalista e social media SEMS