Penedo está sediando desde o último domingo (24), a IX Reunião da Sociedade Brasileira para os Estudos dos Eslamobrânquio (SBEEL). O encontro ocorre no auditório da Casa de Aposentadoria, com palestras, mesas redondas e minicursos; reunindo 140 pesquisadores de todo o Brasil e também do exterior. O evento organizado pela SBBEL e Ufal (Universidade Federal de Alagoas) com o apoio da Prefeitura de Penedo, segue até o dia 28.
De acordo com a classificação científica das espécies, Eslamobrânquio é uma subclasse de peixes cartilaginosos com mais de 1000 espécies já identificados e que incluem Tubarões e arraias, de nomes científicos Selachumorpha e Bathoidea respectivamente.
Dessa forma, durante o encontro são abordados assuntos referentes aos diferentes tipos de espécies e também a ação do ser humano no meio ambiente. Entre os temas: Ordenamento pesqueiro, mão de obra qualificada, questão referentes ao turismo, pesca predatória, mergulho e suas consequências, plano de ação nacional para conservação de tubarões e arraias, educação ambiental, genética e estudo de comportamento.
A organização do evento inclui membros do SBBEL e também da Ufal, com os professores Petrônio Vieira , Tassiana Krames e Claudio Sampaio da Universidade Federal de Alagoas .
O professor e pesquisador Claudio Sampaio disse em entrevista ao Jornal Bom dia Alagoas, da TV Gazeta, que o evento é de fundamental importância tanto para a cidade de Penedo, quanto para a UFAl que completa 10 anos na região. Ele também ressaltou a questão da preservação ambiental.
“Se verificarmos a lista de espécie ameaçadas de extinção, mais de 70% são tubarões e arraias, tendo como a causa a ação predatória do homem, destacando que a maioria das espécies não são perigosas”, afirmou.
Turismo e regulamentação
Durante a palestra com o professor Gabriel Viana da Universidade Ocidental da Austrália, ocorrida na manhã desta segunda-feira (25), foram abordadas questões ligadas ao turismo e os tipos de mergulho e suas implicações no comportamento dos tubarões, destacando o fato da presença de seres humanos na água, alterarem o balanço energético dos animais, quando feito em horários de descanso da espécie.
Por esse motivo, o pesquisador defende a regulamentação da prática do mergulho em áreas com presença de tubarões e arraias, pois assim os impactos ambientais referentes à presença do homem seriam amenizados. Com a utilização de parâmetros científicos, em acordo também com as operadoras do setor para diminuição dos danos a esses animais.